A derrota do Maringá na final do Campeonato Paranaense ficou marcada pela estratégia polêmica do técnico Jorge Castilho antes dos pênaltis. O treinador trocou de goleiro nos minutos finais do duelo: o titular Dheimison deu lugar a João Gabriel.
João Gabriel ganhou a posição de Dheimison durante o Campeonato Paranaense, mas voltou para o banco de reservas no mata-mata do Estadual. O goleiro ganhou uma nova chance nas penalidades decisivas, após se destacar nos treinamentos da semana.
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No entanto, João Gabriel se adiantou em todas as cobranças.
O jogador de 33 anos até defendeu o chute de Boschilia, mas o auxiliar Victor Hugo Imazu dos Santos apontou a irregularidade. Na segunda tentativa, o goleiro do Maringá trocou de lado e sofreu o gol.
A estratégia gerou muita revolta dos torcedores do Maringá que acompanharam a partida nas arquibancadas do Germano Krüger e também de quem acompanhou pela televisão a derrota.
Jorge Castilho foi o principal alvo das críticas por ter mudado o goleiro no momento decisivo.
Jorge Castilho, técnico do Maringá
“Eu sabia que isso iria acontecer caso não desse certo. O aproveitamento do João Gabriel nos treinamentos foi melhor que do Dheimison. O Dheimison é ídolo do clube, jogador com mais jogos na história do clube e tem um peso muito grande. Uma decisão que tinha que tomar”.
“Não é falta de confiança. Se tivesse dado certo, seria herói. O João Gabriel também seria herói. O contexto é colocar aquilo que a gente entende e tudo que treinou. Infelizmente, não aconteceu da maneira que a gente queria”.
Já o zagueiro Max Miller também comentou sobre a mudança de goleiro no Maringá. “O Dheimison é experiente e o João também. Foi uma opção do Castilho, vida que segue e todo mundo unido em busca do mesmo propósito”, declarou, em entrevista à NSports.
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Maringá fica com o vice do Paranaense e foca na Série C
Mesmo jogando fora de casa, o Maringá foi melhor que o Operário durante o tempo normal do Campeonato Paranaense, mas ficou no empate em 1 a 1. Nos pênaltis, o Dogão perdeu a quinta e última cobrança com o zagueiro Ronald.
Com a derrota, o Maringá acumula o quarto vice-campeonato na história e segue sem o título inédito. O Dogão perdeu em 2014 para o Londrina, em 2022 para o Coritiba e no ano passado para o Athletico.
“Chegamos na final, tiramos dois times grandes – Coritiba e Athletico – e sabíamos que seria um jogo difícil. É levantar a cabeça para trabalhar e chegar bem na Série C”, afirmou o atacante Maranhão, em entrevista à Rádio Pinga Fogo, de Maringá.
O Dogão tem duas semanas de intertemporada e se prepara para a estreia na Série C contra o Guarani, no Willie Davids, em data ainda a ser confirmada pela CBF.
“Vai ser difícil, mas sabemos da nossa capacidade. Vamos treinar durante esses dias para conquistar o acesso”, completou Maranhão.
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