O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), rebateu as estimativas de que não haveria tempo hábil para votar o pacote fiscal do governo ainda neste ano. Em coletiva, nesta segunda-feira (16), o senador reforçou a expectativa de aprovar todas as medidas econômicas antes do recesso parlamentar.
Randolfe defendeu, inclusive, a aprovação da PEC que necessita dos votos da maioria absoluta em dois turnos. A proposta foi incluída em uma PEC mais antiga para acelerar a tramitação.
Ao todo, são três projetos em análise na Câmara dos Deputados que seguirão depois para o Senado, assim que forem aprovados.
“É possível [votar até o fim do ano as três matérias] e o governo está à disposição para debater com o Congresso sobre isso. O que não pode é desidratar e tornar inócuo o que é inevitável, e que é necessário para o Brasil passar pelas turbulências que tem no próximo período”, disse Randolfe, que estima a votação dos textos na Câmara até quarta (18).
O parlamentar cogitou jogar as votações da LDO e da Lei Orçamentária de 2025 para o próximo ano, “até porque não há sentido aprovar lei orçamentária, sem aprovar a contenção de gastos”. O Congresso Nacional marcou sessões para essa quarta e quinta (19) para votar as leis orçamentárias.
Para tentar agilizar as votações, o governo Lula liberou o pagamento de R$ 7,7 bilhões em emendas parlamentares.
“Eu defendo que o governo feche questão. É necessário que todos os partidos da base de apoio ao governo tenham nesse momento a lealdade necessária ao momento que o país atravessa”, frisou o senador.
O líder também declarou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou estar à disposição em Brasília para participar das negociações para a aprovação do pacote fiscal.
“O ministro Haddad se colocou à disposição para qualquer diálogo que seja necessário, com quaisquer que sejam as lideranças do Congresso Nacional, para resolver a apreciação do pacote de gastos”, disse Randolfe.
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