Uma das marcas do grande homem é causar impressão duradora nas pessoas que encontra. Outra é ter, ao longo da vida, agido de tal forma que o curso dos eventos tenha sido permanentemente afetado pelo que ele fez.
O ensinamento de Winston Churchill me faz lembrar de Marçal Justen Filho. O nome imponente torna-se simples diante da pessoa humilde, honesta e humana. A sua figura poderia ser ampliada mil vezes e só acrescentaria dignidade e seriedade.
Veja também
+ Apostas no Campeonato Paranaense: Palpites e dicas em 2025
Advogado na turma de 1977, da Universidade Federal do Paraná, Marçal tornou-se mestre em 1984, doutor em Direito de Estado, em 1985. Foi professor titular da Faculdade de Direito da Federal, de 1986 a 2006, membro (Fellow) de um grupo de professores de alto nível do Instituto Universitário Europeu (Itália, 1999) e pesquisador na escola de Direito na Universidade de Yale. (EUA, 2010-2011).
Com os professores Gilson Amaro Fernandes e o saudoso Luiz Carlos Bittencourt, Marçal foi a minha primeira empatia na advocacia e no mundo do Direito.
Filho de uma época em que a formação acadêmica só era possível folhando livros e estudando à exaustão, a sua obra jurídica exige reflexão. Seus estudos e as suas lições são tão profundos, que continuam influenciando gerações. No Brasil, Marçal é uma das referências definitivas em Direito Administrativo e Lei de Licitações.
Não o trato como jurista. O adjetivo tornou-se vulgar diante da sua figura majestosa. É professor de Direito em estado puro.
Marçal Justen Filho é figura importante para o Athletico

Como disse, certa vez, o professor René Ariel Dotti, tudo na minha vida acaba em Athletico. Com Marçal, atleticano histórico, não é diferente.
Personagem oculta, a sua atuação como advogado foi relevante na transformação do Furacão, em 1995. Foi ele quem idealizou e implementou a incorporação jurídica do “terreno do Exército”, ao patrimônio do Athletico, um velho sonho dos rubro-negros.
Mais recente, sem nenhum ônus, só por ideal, produziu um parecer sobre o contrato tripartite para a construção da Baixada. A sua grandeza como pessoa e como professor é tão grande, que mesmo escrevendo no parecer que é atleticano, a sua oração influenciou os julgadores para a solução do caso.
Já perdi o tempo que não vejo e não converso com Marçal. Mas, a vida me ensinou que no meu mundo há pessoas tão especiais que tornam-se próximas pelo querer, pelo respeito e pelas lembranças.
Nesse 1º de março de 2025, Marçal faz 70 anos de idade. A linha que sobra nesse espaço é para dizer: Parabéns, Marçal.
Deixe um comentário