A líder opositora venezuelana María Corina Machado disse por meio de suas redes sociais neste domingo (12) que recebeu uma mensagem de apoio do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, à luta pela liberdade e pelo retorno da democracia na Venezuela.
A declaração de María Corina foi feita por meio de uma publicação na rede social X, na qual ela expressou gratidão pelo respaldo demonstrado pelo governante salvadorenho em meio à crise política vivida no país sul-americano, intensificada após a posse ilegítima do ditador Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo, viabilizada após a fraude eleitoral de 2024.
“Acabo de falar com o Presidente Nayib Bukele, quem me transmitiu sua admiração e seu apoio à luta pela liberdade do povo venezuelano, assim como sua exigência ao respeito à soberania popular expressada no dia 28 de julho”, escreveu a líder opositora, em referência à eleição que foi vencida de fato pelo opositor Edmundo González Urrutia, mas cujo resultado foi oficialmente ignorado pelo regime de Maduro.
“Agradeci pelo compromisso firme e solidário do povo de El Salvador e de seu governo com nossa democracia”, concluiu.
Bukele foi um dos primeiros líderes internacionais a questionar a legitimidade dos resultados divulgados pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que reelegeu Maduro sem divulgar as atas de votação para comprovar a vitória chavista, como manda a legislação venezuelana.
Desde a fraude de Maduro, o presidente salvadorenho vem reiterando que não retomará relações diplomáticas com a Venezuela até que sejam realizadas eleições verdadeiramente livres e transparentes. Após a publicação de Machado, Bukele compartilhou a mensagem em suas redes sociais, acompanhada das bandeiras de El Salvador e da Venezuela.
A oposição venezuelana, representada pela Plataforma Unitária Democrática (PUD), por González e por María Corina, classificou a posse de Maduro, ocorrida na sexta-feira (10), como a consumação de um golpe de Estado.
A cerimônia de posse de Maduro foi amplamente rejeitada pela comunidade internacional. Países como Estados Unidos, União Europeia, Peru e Paraguai se posicionaram contra o evento, negando qualquer legitimidade ao novo mandato do líder chavista.
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