A plataforma Meta, dona do Facebook e do Instagram, doou US$ 1 milhão (quase R$ 6 milhões) ao fundo da cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse um porta-voz da companhia à agência de notícias Reuters.
Embora o valor seja modesto se considerado o tamanho da empresa, a iniciativa é incomum. A Meta não fez doações ao atual presidente, Joe Biden, ou para o primeiro mandato de Trump à frente da Casa Branca, de acordo com a Bloomberg.
A contribuição sinaliza uma tentativa do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, de se aproximar do presidente eleito após anos de relações tensas. O Facebook está entre as redes sociais que vetaram publicações do republicano depois do ataque contra o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Na ocasião, uma multidão inflamada pelo líder tentou impedir a certificação da vitória de Biden no pleito do ano anterior.
Trump já acusou a Meta de suprimir de suas plataformas conteúdos que teriam prejudicado Biden na eleição de 2020. Também criticou as doações de Zuckerberg para reforçar a infraestrutura eleitoral.
Em julho, em uma publicação na rede Truth Social, Trump disse que, se fosse eleito, os “fraudadores de eleições” seriam presos, referindo-se de forma indireta a Zuckerberg. “Se eu for eleito presidente, perseguiremos os fraudadores eleitorais em níveis nunca vistos antes, e eles serão enviados para a prisão”, escreveu Trump. “Zuckerbucks, tome cuidado!”
O CEO, por sua vez, recusou-se a endossar Trump ou Biden na eleição deste ano. Semanas após o pleito, porém, Zuckerberg se encontrou com o presidente eleito e disse que “deseja apoiar a renovação” do país, segundo um dos conselheiros do republicano.
Na ocasião, eles jantaram na propriedade do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida. Antes, na véspera, um porta-voz da Meta disse que “Mark estava agradecido pelo convite e pela oportunidade de se reunir com membros da equipe Trump para falar sobre a nova administração”.
O porta-voz acrescentou em comunicado que o encontro representou um “momento importante para o futuro da inovação” do país.
Zuckerberg também teria se reunido com Marco Rubio, indicado por Trump para o cargo de secretário de Estado, e com outros assessores da Casa Branca, caso de Stephen Miller, segundo o Wall Street Journal.
Nomes importantes do setor de tecnologia se distanciaram do governo durante o primeiro mandato de Trump, mas desta vez muitos executivos saudaram a vitória eleitoral do republicano, incluindo Zuckerberg.
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