Bilionário, que comanda o DOGE, está no Ministério da Defesa americano para reunião nesta sexta (21). Um dia antes, o jornal ‘New York Times’ informou que ele deve ter acesso a um plano ultrassecreto dos EUA sobre uma possível guerra contra a China. Elon Musk chegando para reunião com o líder republicano eleito do Senado, John Thune
REUTERS/Benoit Tessier
Elon Musk negou que vá ter acesso a qualquer plano ultrassecreto do Pentágono e atacou os funcionários do departamento que “vazaram informações falsas e maliciosas” para a imprensa em post em sua rede social X, nesta sexta-feira (21).
O bilionário, que comanda o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), chegou ao prédio do centro de Defesa dos EUA , em Washington, às 10h20 para uma reunião com o secretário, Pete Hegseth, e altos líderes militares do governo americano. Uma hora depois, ele deixou o prédio.
De acordo com uma reportagem do jornal americano “The New York Times”, publicada nesta quinta-feira (20), Musk deve ter acesso a um plano ultrassecreto dos Estados Unidos sobre uma possível guerra contra a China durante a visita.
“O New York Times é pura propaganda. Além disso, aguardo ansiosamente os processos contra aqueles no Pentágono que estão vazando informações falsas e maliciosas para o NYT. Eles serão encontrados”, ameaçou Elon Musk no post feito horas antes da reunião.
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Após a notícia ser divulgada pelo jornal, o presidente Donald Trump também foi às redes para afirmar que se tratava de uma fake news.
“A China não será mencionada ou discutida”, afirmou na Truth Social.
O “New York Times” classificou o acesso de Musk às informações como uma “expansão drástica” de seu papel no governo dos Estados Unidos. Além disso, há preocupações sobre um possível conflito de interesses, já que o empresário vê a China como um ativo financeiro importante.
Duas autoridades disseram ao jornal que Musk receberá um relatório com segredos militares sobre um possível conflito. O arquivo, que contém entre 20 e 30 slides, detalha alvos chineses e possíveis respostas dos EUA em caso de ameaça. Outros detalhes não foram divulgados.
Também nesta sexta, a Casa Branca anunciou uma nova ordem executiva assinada por Trump, orientando os chefes de agências governamentais a conceder às autoridades federais acesso a registros, dados e sistemas não confidenciais da agência para impedir desperdícios e fraudes, tarefa que cabe ao DOGE, comandado por Musk.
Os planos ultrassecretos de guerra elaborados pelos Estados Unidos são estratégias traçadas para proteger o país e atacar o adversário em um potencial conflito.
Atualmente, Estados Unidos e China travam uma guerra comercial, com Trump impondo tarifas sobre produtos chineses para incentivar a indústria americana. Em resposta, Pequim retaliou com taxas sobre importados dos EUA.
Apesar das tensões econômicas, não há, por ora, ameaças no campo militar.
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