Minerais representam metade do PIB da Ucrânia e são cobiçados por grandes grupos industriais, especialmente para fabricar componentes elétricos, como os usados em smartphones. Trump e Zelensky trocam farpas no salão oval
A assinatura de um acordo de exploração de terras raras na Ucrânia esteve entre os temas centrais da reunião que acabou com um bate boca tenso entre Donald Trump, e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky nesta sexta (28).
Em troca de segurança contra a Rússia, Trump quer garantir que os Estados Unidos possam explorar os materiais raros presentes em solo ucraniano, também conhecidos como o ‘ouro do século 21’.
Esses recursos representam um interesse estratégico para os Estados Unidos, já que 80% dos materiais raros usados na indústria americana vêm da China.
Durante o encontro na Casa Branca, Trump chamou Zelensky de ‘desrespeitoso’ e o acusou de jogar com o risco de ‘uma Terceira Guerra Mundial’.
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GloboNews/Reprodução
Por que terras raras interessam aos EUA?
Espalhadas por todo o território ucraniano, as chamadas terras raras são ricas em minerais raros e têm alta concentração no leste do país. Isso inclui ferro, manganês, urânio, titânio, lítio, minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.
São recursos cobiçados por grandes grupos industriais, especialmente para fabricar componentes elétricos, como os usados em smartphones.
A exploração desses solos representa cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia, além de constituir dois terços das exportações ucranianas. Mais de 70% desses materiais estariam nas regiões de Dnipropetrovsk, além de Donetsk e Luhansk, que Putin reconheceu como independentes após invadir a Ucrânia em 2022.
A exploração dos solos ucranianos permitiria a Washington uma menor dependência do mercado chinês. Consequentemente, esses materiais também interessam aos europeus pelas mesmas razões.
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