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Opositor de Maduro denuncia sequestro de genro em Caracas



O líder oposicionista venezuelano Edmundo González Urrutia, que está em viagem por vários países que o apoiam, denunciou nesta terça-feira (7) o sequestro de seu genro Rafael Tudares, em Caracas, quando levava os filhos à escola para o início das aulas.

“Nesta manhã, meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael estava a caminho da escola dos meus netos para deixá-los para o início das aulas, foi interceptado por homens encapuzados vestidos de preto, que o colocaram em uma van dourada, de placa AA54E2C, e o levaram. Agora ele está desaparecido”, denunciou.

Ainda não se sabe se o caso está relacionado às forças de segurança do Estado, se é uma detenção de rotina ou, ao contrário, um sequestro, como denunciou o líder da oposição.

González Urrutia, que deixou o país rumo à Espanha em 7 de setembro por considerar que estava sofrendo “perseguição política e judicial” na Venezuela, é alvo de um mandado de prisão e uma recompensa de US$ 100 mil está em vigor para qualquer pessoa que forneça informações que levem à sua prisão.

Os supostos crimes pelos quais as autoridades judiciais acusaram o ativista antichavista são “cumplicidade em atos violentos contra a república, usurpação de funções, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, desrespeito às instituições do Estado, instigação à desobediência das leis, associação para cometer crimes”.

González Urrutia, que afirma ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho, prometeu fazer o juramento de posse em 10 de janeiro, data estabelecida pela Constituição para a cerimônia de posse, que o ditador Nicolás Maduro também afirma que fará.

O regime chavista disse que se o líder da oposição entrar na Venezuela para sua posse, ele será preso imediatamente pelos crimes dos quais foi acusado, assim como aqueles que o acompanharem e o ajudarem a atingir seu objetivo.

María Corina Machado confirma presença em atividade nas ruas na véspera da posse

A líder oposicionista venezuelana María Corina Machado confirmou nesta terça-feira que sairá da clandestinidade e comparecerá à manifestação que convocou para 9 de janeiro, um dia antes da posse presidencial, que tanto o ditador Maduro quanto o Edmundo González Urrutia, candidato da oposição nas eleições do ano passado, prometem realizar.

“Por nada no mundo eu perderia esse dia. Este é um dia histórico, este é um dia do qual todos os venezuelanos querem fazer parte”, disse a ex-deputada em entrevista coletiva virtual, na qual insistiu na reivindicação da vitória de González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter dado a vitória a Maduro, um resultado rejeitado pelo antichavismo e por grande parte da comunidade internacional.

A reunião, para a qual ela convocou “todos, inclusive as crianças, os jovens e, muito importante, as avós”, será às 10h em todas as cidades e vilarejos da Venezuela e, no resto do mundo, em cada país, de acordo com seu horário local.

Ela pediu aos participantes que usem camisetas com as cores da (bandeira, amarelo, azul e vermelho), “que cada um escolha a cor que quiser”.

Machado anunciou a convocação no último domingo, quando garantiu que “este dia será registrado na história como o dia em que a Venezuela disse basta”.

“Chega de tolerar isso, chega de ficar calada. É nossa terra, nossa bandeira. A liberdade não pode ser implorada, ela pode ser lutada e conquistada”, comentou.

A política venezuelana insistiu na necessidade de sair às ruas “cheio de confiança” porque, segundo ela, “Maduro não vai embora sozinho, é preciso fazê-lo sair com a força de um povo que nunca desiste”.



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