O ditador Bashar al-Assad, da Síria, embarcou em um avião em Damasco com destino desconhecido na madrugada deste domingo (8), de acordo com dois oficiais do Exército não identificados, enquanto rebeldes tomavam a capital, destituindo-o do poder após 24 anos no posto.
Seu paradeiro, assim como o de sua esposa Asma e de seus dois filhos, permanece desconhecido.
Um avião da Syrian Air decolou do aeroporto de Damasco no mesmo momento em que foi relatada a tomada da capital pelos rebeldes, de acordo com dados do site Flightradar.
A aeronave inicialmente se dirigiu à região costeira da Síria, reduto do grupo alauíta que dá apoio a Assad, mas então fez uma curva brusca e seguiu na direção oposta por alguns minutos antes de desaparecer do mapa.
A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar, por ora, quem estava a bordo desta aeronave.
De acordo com informações obtidas pela agência de notícias, há chances de Assad ter sido morto caso estivesse a bordo do avião. Isso pode ter acontecido porque o transponder, instrumento que transmite os dados de posição do avião, talvez tenha sido desligado, ou porque a aeronave pode ter sido abatida.
O único voo rastreável saindo da Síria visível após a meia-noite no Flightradar24, um site de rastreamento de voos, partiu de Homs para os Emirados Árabes Unidos, mas isso foi horas depois que os rebeldes capturaram a cidade.
Rebeldes sírios anunciaram, em uma declaração televisionada no início deste domingo, que derrubaram o regime de 24 anos do ditador Bashar al-Assad, acrescentando que todos os prisioneiros foram libertados após uma ofensiva relâmpago que surpreendeu o mundo e traz temores de uma nova onda de instabilidade em um Oriente Médio assolado pela guerra.
Na sequência, o comando do Exército da Síria notificou os oficiais que o regime de Assad havia terminado, disse um oficial sírio que foi informado sobre a medida à Reuters.
Assad, que havia reprimido todas as formas de dissidência e encarcerado milhares de pessoas, deixou Damasco com destino desconhecido no início do domingo, disseram dois oficiais superiores do Exército à Reuters.
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