O Parlamento da Coreia do Sul destituiu o presidente Yoon Suk Yeol, após declarar lei marcial de surpresa no país e voltar atrás, no último dia 14. Nesta sexta-feira (27), duas semanas após a primeira votação, os parlamentares decidiram tirar o primeiro-ministro Han Duck-soo da presidência, função que ele estava cumprindo interinamente.
Essa é a primeira vez na história que a Assembleia Nacional vota a derrubada de um presidente interino.
O principal partido de oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático da Coreia (DPK), apresentou nesta quinta-feira (26) a moção pedindo o impeachment de Han.
Em um comentário após a votação, o líder interino afirmou que “estava triste com o que os eventos que se desenrolavam significavam para a próxima geração”, mas “aceita” o resultado.
“Respeito a decisão do Parlamento e, para evitar mais caos e incerteza, suspenderei minhas funções de acordo com as leis”, disse ele, citado pela agência Reuters.
Han acrescentou que aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional para reverter a moção de impeachment, visto que havia entrado com uma petição na corte. O Partido do Poder Popular, governista, se opôs ao impeachment do presidente interino.
Com a saída em menos de duas semanas de Han, o Ministro das Finanças, Choi Sang-mok, agora assumirá o papel de presidente interino, seguindo a fila de sucessão. Ele deve falar com o chefe militar e consultar o ministro das Relações Exteriores e o ministro da defesa interino, disse um porta-voz à Reuters.
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