Em novembro de 2015, durante campanha para reeleição no Athletico, o presidente Mario Celso Petraglia repaginou a promessa feita alguns anos antes. Ele sonhava em ver o clube campeão do Mundial de Clubes da Fifa até 2024. A frase foi a seguinte:
“Nós queremos é continuar crescendo, cada vez mais fortes, e chegarmos naquilo que nós almejamos, que foi uma promessa nossa. E tenho certeza que vamos cumprir, que em 10 anos, até o nosso centenário [2024], nós botaremos a nossa estrela no peito de campeão do mundo. Podem me cobrar”.
Bom, a temporada de 2024 acabou e promessa vazia não para em pé. A hora da cobrança chegou, Petraglia. E de maneira que a soberba que toma conta do Club Athletico Paranaense nunca imaginou que fosse possível. Loucura, diziam uns. O time é bom, repetiam outros, internamente.
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Pois bem, o Athletico está na Segunda Divisão, na Série B, na Segundona. A mesma que você disse que era para “incompetentes”. Incompetente foi sua administração neste ano, senhor presidente, com todo o respeito.
Ninguém apaga suas qualidades e feitos transformadores. Fez muito bem ao Athletico durante anos. Mas agora, por culpa própria, transformou-se em figura central de um vexame. O maior de todos.
Adoentado, por que não passou o bastão para alguém competente? Por que não fez um sucessor? Por que comprometer ainda mais sua saúde física e mental? Orgulho ou sede de poder?
MCP não percebeu os riscos que corria ao plantar errado e, depois, destruir o que havia de bom. A colheita aconteceu nesse domingo, contra o Atlético-MG. A prévia foi mais triste ainda, na quinta-feira, no ESTÁDIO JOAQUIM AMÉRICO GUIMARÃES lotado, diante do fraco Bragantino. O cúmulo da incapacidade.
Petraglia cercou-se de gente de “baixa capacidade cognitiva” – como sei que avaliam internamente os poucos nomes que realmente foram vítimas nesse roteiro de queda –, mas que acham que são inteligentes e malandros. É tal síndrome de Dunning-Kruger, como desabafou um conselheiro que preferiu não se identificar para preservar seu próprio bem-estar.
Em agosto, escrevi que o complexo de perseguição de Petraglia estava rebaixando o Athletico. Lamentavelmente estava certo. Pelo menos, o Athletico já tem um time de Série B, não é mesmo? Vimos em campo durante 38 jogos do Brasileirão.
Só há uma certeza. A torcida de verdade vai estar ao lado do clube, na boa ou na ruim. E o Athletico vai levantar novamente.
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