Esta terça-feira (3) marca uma semana da retirada do sigilo das investigações da Polícia Federal sobre uma trama gestada no bolsonarismo para tentar um golpe de Estado. No campo da direita brasileira, a maior parte das reações até aqui passou ao largo da gravidade do que foi revelado no inquérito.
No entorno mais próximo de Jair Bolsonaro (PL), a tentativa foi de descredibilizar as conclusões da PF; em esferas com ligação menos umbilical ao ex-presidente, políticos minimizaram as revelações ou adotaram o silêncio absoluto.
Entre os governadores cotados para disputar a Presidência em 2026 pela direita, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) defendeu Bolsonaro, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) disse que o tema não deve ser a única pauta do Brasil, Ratinho Jr. (PSD-PR) afirmou que “indiciamento não é sinônimo de condenação” e Romeu Zema (Novo-MG) não comentou.
No Café da Manhã desta terça, a repórter da Folha Ana Luiza Albuquerque discute como a questão remete ao alerta de cientistas políticos de que a tolerância das elites com práticas autoritárias põe a democracia em risco.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.
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