O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu o Parlamento nesta sexta-feira (27), abrindo caminho para a realização de eleições antecipadas em 23 de fevereiro e a saída de um governo impopular, liderado pelo chanceler social-democrata Olaf Scholz.
De acordo com o presidente alemão, a decisão foi tomada após “ficar claro” para ele, depois de consultar líderes partidários, que não havia acordo entre os partidos políticos alemães sobre uma maioria para um novo governo no atual Parlamento.
“Em tempos difíceis como estes, a estabilidade requer um governo capaz de agir e uma maioria confiável no Parlamento”, disse ele ao fazer o anúncio em Berlim. “Portanto, estou convencido de que, para o bem do nosso país, novas eleições são o caminho certo”, acrescentou.
Depois de dissolvido o Parlamento, as leis da Alemanha obrigam o país a realizar nova eleição no prazo de 60 dias.
O governo do chanceler Olaf Scholz entrou em colapso no mês passado após ele ter demitido o ministro das Finanças, Christian Lindner. Com isso, a coalizão formada por Sociais-Democratas, Verdes e Liberais acabou.
No último dia 16, Scholz perdeu uma votação de confiança no Parlamento, o que já apontava para a realização de eleições gerais antecipadas.
Um total de 394 deputados dos 717 que votaram se recusaram a dar sua confiança ao chanceler, enquanto 116 se abstiveram e 207 votaram a favor de sua continuação, anunciou na ocasião a presidente do Parlamento, Bärbel Bas.
A Alemanha tem um regime parlamentar, em que o chanceler é o chefe de governo e o presidente tem funções protocolares.
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