O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, evitou nesta quinta-feira (16) fazer declarações durante o interrogatório das autoridades, no segundo dia de detenção, como parte da investigação sobre se cometeu um crime de insurreição com sua fugaz declaração de lei marcial.
Yoon, que foi detido na véspera após um longo cerco das autoridades à sua residência, onde permanecia entrincheirado e protegido pelo serviço de segurança presidencial (PSS) desde que foi destituído pelo Parlamento nacional em meados do mês passado, continuou assim se recusando a cooperar com os investigadores.
O segundo dia de detenção de Yoon e interrogatório infrutífero pelo gabinete anticorrupção ocorreu no mesmo dia em que o Tribunal Constitucional realizou a segunda audiência formal no procedimento paralelo que decidirá se sua destituição é definitiva ou não.
Mais cedo, a equipe jurídica de Yoon notificou o escritório anticorrupção que lidera a investigação de que o mandatário não compareceria à primeira sessão de interrogatório do dia por motivos de saúde, que foi adiada para horas mais tarde.
O líder conservador também se recusou a comparecer a esta nova sessão. “O presidente Yoon não está se sentindo bem e explicou completamente sua posição ontem, então não há mais nada para questioná-lo”, disse o advogado Yun Gap-geun à agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O mandatário afastado também se recusou a falar com as autoridades nesta quarta-feira, o primeiro dia em que foi detido, e passou a noite no Centro de Detenção de Seul, em Uiwang, perto das instalações do Escritório de Investigação de Corrupção de Funcionários de Alto Escalão (CIO).
Funcionários desta agência estão buscando respostas de Yoon com um questionário que ocupa mais de 200 páginas, e agora estão considerando forçar seu comparecimento perante os investigadores, para o qual estão realizando as verificações legais necessárias, indicaram em declarações à imprensa local.
Enquanto Yoon evitou aparecer na sede do CIO e permaneceu detido em Uiwang, apoiadores do presidente se manifestaram ao redor da sede do escritório anticorrupção.
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