Lar Últimas prioridade é fechar o orçamento e dólar está em “acomodação natural”
Últimas

prioridade é fechar o orçamento e dólar está em “acomodação natural”



“Enquanto o orçamento não for votado, existem restrições, mas isso é normal no começo do ano, quando a execução costuma ser mais lenta. Precisamos conversar com o relator para ajustar o orçamento às perspectivas do arcabouço fiscal e das leis aprovadas no final do ano passado”, explicou o ministro a jornalistas.

O atraso na aprovação do orçamento se deve, em parte, à demora na aprovação das medidas do ajuste fiscal no final do ano passado, como a limitação no aumento do salário mínimo e mudanças nas regras do abono salarial. O relator da proposta argumentou que precisava de mais tempo para alinhar o orçamento ao pacote de redução de despesas.

Haddad afirmou que novas medidas de cortes ainda não foram discutidas, mas indicou que planeja apresentar novas propostas ao presidente Lula.

“Não conversamos sobre [novos] cortes de gastos. Discutimos outros temas, o Orçamento. A prioridade agora é votar o Orçamento”, destacou.

O ministro também negou a possibilidade de que o governo estaria considerando elevar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a saída de dólares para conter a alta da moeda norte-americana, que vem escalando acima dos R$ 6 desde o final de 2024.

“A questão do dólar, a gente precisa entender isso. Tem um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo. Tivemos aqui um estresse também no Brasil. E hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações moderando [propostas feitas durante a campanha]. É natural que as coisas se acomodem”, disse Haddad.

Ele reforçou que não há discussões sobre mudanças no regime de câmbio flutuante, reafirmando o compromisso do governo com a política atual. Segundo Haddad, a intervenção no câmbio pelo Banco Central ocorre apenas em situações específicas, como movimentos bruscos ou distorções no mercado.

Sobre a reforma do Imposto de Renda, que prevê aumento da faixa de isenção para até R$ 5 mil e compensação com maior tributação para rendas acima de R$ 50 mil, Haddad afirmou que o tema só será discutido após as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, previstas para fevereiro.

Haddad retornou a Brasília nesta segunda (6) após cancelar o restante das férias. Segundo o Ministério da Fazenda, a decisão foi tomada após o restabelecimento de um familiar que passou por cirurgia no final do ano, motivo pelo qual o ministro havia tirado férias.



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Últimas

Caixa aumenta juros do financiamento imobiliário

A Caixa Econômica Federal elevou os juros do financiamento imobiliário em meio...

Últimas

Arrecadação federal em alta, mas contas do governo no vermelho

A máquina de arrecadação do governo federal continua a registrar recordes mensais,...

Últimas

governo tem problemas de comunicação que afetam o mercado

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) reconheceu nesta terça (7) que o governo...

Últimas

Arrecadação soma R$ 209 bilhões em novembro de 2024

A arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil alcançou R$ 209...