Em levantamento da edição do Anuário da Cerveja 2025, recém-divulgado, o Brasil passou a registrar 1.949 cervejarias e se aproxima da simbólica marca de 2.000 estabelecimentos —os dados são referentes ao ano de 2024.
O aumento em relação ao ano passado, no entanto, foi discreto. No relatório anterior, o país aparecia com 1.847 cervejarias, assim, o crescimento foi de 102 cervejarias, ou singelos 5,5%.
Já o volume de produção chegou a 15,3 bilhões de litros, com a região Sudeste responsável por 55% da marca nacional, com 8,4 bilhões de litros. A curiosidade aqui é que 3,8 bilhões, ou 24,7% do volume total, é declarado como cerveja puro malte.
Enquanto isso, os números mostram que os ventos continuam favoráveis para a turma zero álcool. Em 2024, o Brasil produziu 757 milhões de litros sem álcool, ou 4,9% do total —pela lei nacional, é considerada cerveja zero a que tem até 0,5% de teor alcoólico.
O número representa um aumento de 536,9% em relação a 2023, quando a produção atingiu a marca de 118,9 milhões de litros. “A evolução da cerveja 0,0% reforça nosso compromisso com a diversidade de escolhas e com um consumo cada vez mais equilibrado e consciente”, disse Márcio Maciel, presidente do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).
No número total, desde que o Brasil começou a série de mais de cem cervejarias por ano, em 2016, o crescimento nunca havia sido tão baixo.
Mesmo nos anos recentes de maior retração econômica por conta da pandemia, o número de novas cervejarias foi superior. Em 2020, por exemplo, foram 174 novidades; em 2021, 166. O número de 2024 perdeu também para o ano anterior, 118 (quando o crescimento foi de 6,8%).
Ainda assim, o Sindicerv apontou o meio copo cheio. “O setor cervejeiro brasileiro seguiu mostrando sua força em 2024. São 1.949 cervejarias em 790 municípios”, postou em seu perfil no Instagram. “Apesar de desafios como enchentes no RS e a economia global, o Brasil produziu 15,3 bilhões de litros, mantendo a resiliência do setor”, completou.
São Paulo permanece como o estado com mais cervejarias, com 427. Rio Grande do Sul vem a seguir, com 349. Santa Catarina recuperou o terceiro lugar no pódio, perdido há dois anos para os mineiros. Agora os catarinenses contabilizam 260, contra 248 de Minas Gerais.
Outro tópico do anuário —elaborado pelo Ministério da Agricultura e da Pecuária (Mapa)— que ajuda a entender o baixo crescimento é o número de cancelamentos de registros cervejeiros, foram 111. Rio Grande do Sul puxou a fila, com 32, seguido por São Paulo (19) e Santa Catarina (11).
E seguindo a linha Copo Cheio dos Curiosos, foram declarados:
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8,5 milhões de litros com ervas ou especiarias;
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5,8 milhões com frutas
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3,3 milhões de litros com mel
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306,1 mil com café
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114,2 mil com pimenta
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109,4 mil com chocolate
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22,3 mil com abóbora
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71 milhões sem glúten
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