O ditador russo, Vladimir Putin, fez um discurso feroz perante o Exército nesta quarta-feira (12), pedindo a destruição total das Forças Armadas ucranianas na região russa de Kursk.
As declarações surgem na véspera do encontro com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, para discussão da trégua aceita pela Ucrânia, nesta quinta-feira (13). O representante americano já está em Moscou.
No discurso, que marcou sua primeira visita a Kursk desde o início da operação militar ucraniana, Putin enfatizou que a tarefa das tropas russas agora é destruir “o mais rápido possível” o inimigo ainda entrincheirado na região.
“Estou confiante de que todas as missões à frente de nossas unidades de combate serão concluídas incondicionalmente e que o território da região de Kursk será completamente liberado do inimigo em um futuro próximo”, declarou o ditador ao visitar o posto de comando das tropas russas na região, vestindo um uniforme militar.
Nesta quinta-feira, a Rússia disse que está “pronta” para discutir a proposta de trégua com representantes dos EUA.
“Estamos prontos para discutir as iniciativas apresentadas nesses contatos futuros com os EUA. Esses contatos podem ocorrer ainda hoje”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Autoridades russas afirmaram na véspera das negociações entre EUA e Rússia que o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, havia fornecido detalhes sobre a ideia de cessar-fogo para Moscou e o Kremlin “estava pronto” para discuti-la.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (12) que agora cabe à Rússia colocar em vigor uma trégua na guerra da Ucrânia.
“Ontem tivemos um grande sucesso. Teremos um cessar-fogo completo quando ele entrar em vigor. Agora depende da Rússia, mas temos um bom relacionamento com ambos os lados”, disse o líder republicano à imprensa, ao lado do primeiro-ministro da República da Irlanda, Micheál Martin.
Na ocasião, Trump se recusou a responder se planeja contatos diretos com Putin, mas destacou que sua equipe está atualmente viajando para a Rússia para se reunir com as autoridades do país, referindo-se ao seu enviado especial Steve Witkoff. “Espero que consigamos obter um cessar-fogo da Rússia. E se conseguirmos, acho que estaremos 80% do caminho para acabar com esse horrível banho de sangue”, acrescentou.
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