Além de “Round 6” e dos k-dramas, os reality shows coreanos também têm feito sucesso no streaming. O primeiro programa culinário do país asiático lançado pela Netflix estreou em setembro na liderança dos realities de língua não-inglesa no mundo e chegou ao top dez do Brasil. Uma segunda temporada já foi confirmada.
“Guerra Culinária” faz uma mistura de “A Batalha dos 100”, outro título coreano, ao reunir o mesmo número de competidores, e “Round 6”, ao explorar a divisão de classes. O campeão leva 300 milhões de wones (cerca de R$ 1,2 milhão).
Os participantes são divididos em dois grupos. Entre os chamados colheres pretas, estão donos de restaurantes e barracas de comida, mas também açougueiro, cozinheira de merenda escolar, veterano da força aérea e gente que nunca fez curso de culinária. Eles são referidos por títulos, como “mafioso napolitano” ou “rei dos acompanhamentos”.
Ao todo, são 80 pessoas, que passam por uma primeira rodada de eliminação para chegar a 20. Eles são selecionados para disputar contra os colheres brancas, 20 chefs renomados. Nessa equipe, estão estrelas Michelin, chef de celebridades e vencedor de Masterchef.
Prevalecem cozinheiros masculinos: nessa etapa, cinco mulheres das colheres pretas se juntam às quatro das colheres brancas. Os competidores exploram a gastronomia coreana e outras como a chinesa, japonesa e italiana, em receitas criadas contra o tempo.
Quem julga os pratos são o chef Anh Sung-ja, único três estrelas Michelin da Coreia do Sul, e o restaurateur Baek Jong-won. Em uma das provas, os jurados usam vendas nos olhos para comer. Em outro momento, uma plateia de anônimos mascaradas ajuda na degustação.
A ambientação toda carrega no drama, como é típico das produções coreanas. Do narrador onipresente, às expressões de surpresa e ao set grandioso, com plataformas iluminadas e mesa giratória. Ingredientes descem do teto, à lá o porco recheado de dinheiro de “Round 6”.
Com 12 episódios, o reality provoca o ego dos competidores. Tanto dos colheres brancas, que não têm direito de usar o próprio nome, quanto dos renomados, que são colocados para competir em pé de igualdade com cozinheiros comuns.
A segunda prova é mano a mano: os times competem entre si em duplas. Eles devem elaborar um prato com o mesmo ingrediente sorteado, como arraia, kimchi, rabo de boi e abóbora. Outras rodadas trazem desafios em equipe, criar receitas com produtos de loja de conveniência e montar um restaurante.
Para decidir uma vaga na final, jogadores seletos criam pratos com o mesmo ingrediente principal a cada meia hora. Ao fim, dois chefs disputam o prêmio. Mas contar mais do que isso já é spoiler.
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