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Região de Espírito Santo do Pinhal se firma como novo polo de enoturismo paulista – 06/11/2024 – Turismo


A 190 km da capital e a 18 km da fronteira com Minas Gerais, Espírito Santo do Pinhal sempre foi terra de café. Tudo mudou a partir de 2001, quando a vinícola Guaspari apostou que a técnica da dupla poda permitiria o cultivo de uvas por ali. Deu mais do que certo.

“Quando recebemos o primeiro prêmio, em 2016, tanta gente queria conhecer a vinícola que fomos obrigados a abrir à visitação, com longa lista de espera”, lembra Fabrizia Zucheratto, diretora executiva da Guaspari.

Hoje, com espaços e programação voltados para visitantes, a vinícola recebe 19 mil pessoas por ano, sendo 90% da capital paulista. Durante a vindima, entre julho e agosto, acontecem almoços harmonizados – este ano, o chef Jefferson Rueda, do restaurante A Casa do Porco, assinou o menu.

Muitos empreendedores vizinhos pegaram carona, o que transformou a cidade e arredores —São João da Boa Vista e Santo Antônio do Jardim, no lado paulista, e as mineiras Jacutinga e Albertina— em um novo polo de enoturismo. Até os produtores de café aproveitaram e também se estruturaram para receber turistas.

“Hoje, temos 70 projetos vitivinícolas na região, em diferentes estágios, metade deles em Espírito Santo do Pinhal”, comemora Loriane Salvi, diretora de turismo da cidade.

O perfil dos empreendimentos se repete —as chamadas vinícolas butique, com produção limitada e enoturismo de alto padrão, com visitas guiadas e degustações harmonizadas. Como chegam a atingir 1.300 m de altitude e descortinam a paisagem da serra da Mantiqueira, as vinícolas capricham nos deques, jardins e terraços ao ar livre.

Fruto da união de 40 sócios, a Amana lançou a primeira safra em 2020, mas só este ano começou a elaborar os vinhos na própria vinícola, projetada pelos arquitetos Rangel Quessa e Mauricio Arruda.

“Abrimos oficialmente em janeiro e vemos o interesse aumentar mês a mês. Entre abril e maio, alguns rótulos esgotaram”, conta o sócio Alexandre Develey.

A uva syrah domina os vinhedos da região. No entanto, a cepa já não reina absoluta, como explica o enólogo chileno Cristian Sepúlveda, proprietário da vinícola Terra Nossa e consultor de boa parte dos empreendimentos locais.

“A cabernet franc se adaptou muito bem, assim como a malbec. O leque de opções se abriu. Já plantamos cabernet sauvignon, marselan, sangiovese, chenin blanc, viognier, chardonnay, alvarinho e riesling”, afirma.

Para o turista que quer participar das degustações sem se preocupar com a viagem da volta, a falta de hospedagem é um problema crônico e ainda está longe de ser resolvido, mas há cada vez mais opções —chácaras e antigos casarões de veraneio, transformados em pequenas pousadas, receberam o reforço recente das casas de aluguel por temporada.

Antes de pegar a estrada, não deixe de conferir horários e condições para as visitas —boa parte das vinícolas só abre nos fins de semana e exige agendamento prévio.

VINHO

Amana

A visita guiada acontece de sexta a domingo, às 10h30 ou às 15h, e inclui um brinde no vinhedo e degustação de outros quatro rótulos, acompanhados de petiscos (R$ 250 por pessoa). Nas mesas do jardim, a tábua de embutidos artesanais, queijos paulistas, frutas e pães, para dois, custa R$ 145.

Estrada Vicinal Alberto Bartholomei, s/nº; @vinicola_amana

Bonventi

Em soft opening, oferece hospedagem e restaurante de cozinha italiana (de quinta a domingo), além de degustações dos vinhos e cafés de produção própria. As visitas guiadas ainda não foram formatadas, mas os turistas podem percorrer o vinhedo, colado ao restaurante. A diária para casal, a partir de R$ 1.000, inclui café da manhã (estadia mínima de duas noites).

Estrada Vicinal Agenor Mondadori, Km 5; @vinicolabonventi

Face Norte

A propriedade, que produz vinho e café, vai lançar o primeiro rótulo no fim de 2024, mas já tem um wine bar, com carta de vinhos brasileiros e alemães. Funciona aos sábados, das 14h às 21h. Um ou dois jantares são realizados por mês, anunciados pelo Instagram, ao preço médio de R$ 200 por pessoa (sem bebidas).

Estrada Vicinal Olavo de Almeida, s/nº; @facenortevinicola

Floresta São Pedro

Colado ao vinhedo, o wine bar funciona às sextas e sábados, das 11h às 21h. A degustação de dois rótulos (R$ 65) pode ser acompanhada por croquetas (R$ 56). Quinzenalmente, acontecem almoços harmonizados ou eventos de tapas e vinhos no pôr-do-sol (R$ 179 por pessoa) – a agenda é divulgada pelas redes sociais.

Av. Padre Mateus Von Herkhuizen, 355, Espírito Santo do Pinhal; @vinicola_floresta

Guaspari

Em junho, a vinícola inaugurou a Casa Guaspari, novo espaço de degustações com wine bar. A Degustação Vista começa com café de produção própria e pão de queijo, seguido de visita guiada aos vinhedos, à indústria e à cave de barricas, e termina com degustação de quatro rótulos, bruschettas, café e petit four. São dois horários às sextas-feiras (13h30 e 15h), dois aos sábados (10h30 e 14h30) e um aos domingos (10h30). Preço: R$ 348 por pessoa.

R. Pedro Ferrari, 300, Espírito Santo do Pinhal; vinicolaguaspari.com.br

Merum

Inaugurado em julho, o wine bar sobre platôs acompanha o declive do terreno para aproveitar a vista. O espumante Merum e outros rótulos brasileiros acompanham pratos com mirtilos de cultivo próprio. Funciona só com reservas às sextas, das 16h às 21h, e aos sábados e domingos, a partir das 10h, quando é servido um brunch.

Estrada Vicinal Olavo de Almeida, s/nº; @vinicolamerum

Pioli

Em outubro, um casarão do século 18 passa a abrigar as degustações. Por enquanto, elas acontecem no jardim, após visita guiada pelo vinhedo, salas de vinificação e de barricas —o percurso, com reserva obrigatória, acontece de quinta a domingo, às 10h e às 14h. O visitante paga R$ 120 (com degustação de três rótulos), ou R$ 195 (com cinco vinhos).

Estrada Aparecidinha, km 2,6, Jacutinga; @vinicolapioli

Terra Nossa

De segunda a sábado, das 8h às 16h, o enólogo Cristian Sepúlveda recebe turistas que queiram conhecer sua vinícola – a visita não é cobrada e depende de agendamento prévio. A degustação no wine bar custa R$ 150, com quatro vinhos, ou R$ 300, com cinco rótulos, incluindo safras antigas.

Estrada Vicinal Olavo de Almeida, s/nº; @vinicola_terranossa

CAFÉ

Alto Alegre

A visita, para grupos a partir de cinco pessoas, parte do escritório da empresa, no centro da cidade – o agendamento é obrigatório e os turistas devem usar o próprio meio de transporte. O percurso inclui passeio pela lavoura de café, tulhas e pós-colheita, visita ao Cristo Redentor de Albertina (MG) e degustação de cafés varietais e quitutes da roça (R$ 120 por pessoa).

R. Senador Saraiva, 40, Espírito Santo do Pinhal; @altoalegrecafes

Nova Cintra

Além de percorrer o cafezal, quem faz a Expedição Nova Cintra, de quinta a sábado, visita as colmeias e o Santuário das Árvores Milenares, cuja estrela é um jequitibá de 1.500 anos. O percurso termina em um antigo paiol de milho, onde acontece a degustação dos produtos (R$ 130 por pessoa).

Av. Padre Mateus Von Herkhuizen, 1.400, Espírito Santo do Pinhal; fazendanovacintra.com.br

QUEIJO

Laticínio Montezuma

Diariamente, das 9h às 16h, os visitantes podem ver as búfalas de perto. A visita guiada, com agendamento (R$ 80 por pessoa), inclui degustação de produtos premiados, como muçarela, burrata e doce de leite.

R. São José, 290, São João da Boa Vista; @montezumalaticinio

Leiteria Santa Paula

Diariamente, a partir das 8h, a queijaria permite que os visitantes observem a produção – a degustação de todos os queijos, à vontade, custa R$ 87 por pessoa. Aos sábados, é possível acompanhar a produção e degustar as muçarelas.

Rodovia SP-342, km 221,5, São João da Boa Vista; @leiteriasantapaula

ONDE FICAR

Casa de Pedra

A antiga casa de veraneio virou hotel butique, com 14 suítes, jardim e piscina. O pacote de duas diárias para casal (a partir de R$ 2.530) inclui café da manhã, chá da tarde e jantar.

Estrada Vicinal José Rubens Bartolomei, km 6; hospedariacasadapedra.com.br

Casa Mantiqueira Hotel Boutique

Com cinco suítes, uma delas com hidromassagem e varanda (diárias para casal de R$ 2.200 a R$ 3.200, com café da manhã), dispõe de jacuzzi com vista para as montanhas e spa. O Bistrô Syrah funciona de quarta a domingo, com reserva obrigatória.

Estrada Municipal Aguinaldo Roberto de Lima, s/nº, Jacutinga; casamantiqueiraoficial.com.br

Pousada Caminhos do Bom Café

São seis suítes, cinco delas com hidromassagem (diárias de R$ 690 a R$ 750, com café da manhã). Os hóspedes usufruem de spa, piscina aquecida, trilhas, cachoeira, sauna e restaurante, aberto de sexta a domingo.

Rodovia BR-290, km 82, Jacutinga; @pousadacaminhosdobomcafe

Pousada do Vinhedo

Cercada por um vinhedo urbano de uvas Syrah, dispõe de sete suítes. A diária para casal, com café da manhã, custa R$ 790.

R. Jacobe Worms, 360, Espírito Santo do Pinhal; pousadadovinhedopinhal.com.br

Pousada Villa do Poeta

Misto de centro cultural e pousada de charme, com sete suítes, a casa dos anos 1950 fica no centro de Espírito Santo do Pinhal. Diária para casal a partir de R$ 424, com café da manhã.

Praça da Bandeira, 78, Espírito Santo do Pinhal; villadopoeta.com.br

Rancho Churrascada

Além das 10 cabanas, que hospedam até quatro pessoas (diária a partir de R$ 2.000, com café da manhã), a propriedade mantém restaurante especializado em carnes na parrilla (de quinta a domingo) e oferece experiências relacionadas aos vinhos, cafés e mel de produção própria.

Estrada Vicinal Olavo de Almeida, Km 7; @rancho.churrascada

Vila Alto dos Pinhais

Antiga chácara transformada em pousada, dispõe de 15 suítes, piscina, jardim e restaurante. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 1.000.

R. Prefeito Francisco Vergueiro Porto, 435, Espírito Santo do Pinhal; vilaaltodospinhais.com.br

Vivências Novos Aromas

Além da hospedagem em uma suíte com hidromassagem e varanda (diária de R$ 380), a propriedade oferece visitas ao horto, ao meliponário e ao apiário, chá da tarde e vivências relacionadas a bem-estar (de R$ 50 a R$ 160).

Estrada rural João Baraldi Sertãozinho, s/nº; vivenciasnovosaromas.com





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