Lar Gastronomia Restaurante Cozinha 212 eleva os vegetais a protagonistas – 08/05/2025 – Restaurantes
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Restaurante Cozinha 212 eleva os vegetais a protagonistas – 08/05/2025 – Restaurantes


Qual a primeira imagem que vem à cabeça quando você pensa em um prato de alface? Provavelmente, uma salada, certo?

Bem, não se você estiver no Cozinha 212. Ali, a alface romana é grelhada (R$ 48). E chega à mesa numa combinação com aliche, nozes pecan e uma chuva de queijo tulha ralado. Ao passar a faca para repartir a entrada, ouve-se um sonoro “crac”. O barulho da crocância causa estranhamento. E faz salivar, como se anunciasse que algo muito saboroso está a caminho da boca.

As nozes estão, ao mesmo tempo, doces e defumadas, firmes e amanteigadas. O queijo tulha ralado bem fininho traz leveza. O sabor da anchova não toma conta. Pelo contrário, agrega com delicadeza e alegra o paladar.

Um dos pratos mais pedidos da casa, a alface grelhada faz com que as atenções se voltem à parte do cardápio que leva o nome “da nossa horta”. O fato de o restaurante trabalhar com ingredientes cultivados em um espaço próprio até pode soar pretensioso. Mas, neste caso, merece um olhar atento.

Dali, saem combinações como as entradas de berinjela, coalhada de ovelha e amêndoas (R$ 36), abobrinha com stracciatella e nirá (R$ 58), e alho-poró, ova de peixe e um molho frio de ovos e mostarda chamado gribiche (R$ 42).

Esta última opção é outra que eleva à posição de protagonista um ingrediente geralmente usado como coadjuvante. Tubinhos de alho-poró grelhados servem de cama para um crispy dele mesmo. Um único ingrediente em duas experiências diferentes em textura e sabor, no mesmo prato.

Alguns pratos são fixos, outros entram ou saem a depender da estação. A torta de ossobuco (R$ 62) sempre volta no outono. Com o charme de ser servida numa panelinha de ferro, e coberta por uma massa folhada feita na casa. No centro, o osso com tutano. Puro umami. Poderia já vir com o pão de fermentação natural grelhado (R$ 8). Mas o garçom oferece à parte

O tamanho das entradas varia bastante, o preço também. Então vale conversar com o garçom para ajustar expectativas. No mais, a proposta é que pratos sejam compartilhados. Então vale pedir o que der vontade, sem distinção entre o que é porção e o que está entre os principais.

Entre eles, o magret de pato (R$ 128) chega no ponto certo, bem vermelho, com uma fina camada de gordura que agrega sabor e untuosidade. Pedaços de beterraba grelhada e um delicado purê de raiz-forte completam este prato, equilibrando doçura e picância.

A sobremesa mais pedida é um inusitado bolo de manjericão com mascarpone (R$ 34). Se ainda tiver vinho na taça, a torta de queijo de cabra com geleia de fruta (R$ 32) rende uma combinação interessante.

Na noite da visita, a casa do chef Stefan Weitbrecht e do fotógrafo Victor Collor tinha apenas mulheres à frente da grelha e do bar. Em sintonia com os pratos, o atendimento foi atento e delicado. O salão, com poucos lugares e luz baixa, fica ainda mais aconchegante se a mesa for perto do fogo. Ideal para as noites mais frias desta época do ano.



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