Impasse entre sequestradores e forças policiais dura desde terça-feira (11), e governo cita demora por preocupação com segurança dos reféns. Número inicial de reféns passava de 400, e 190 já foram liberados. Soldado do Exército do Paquistão fica de guarda ao lado de um trem de resgate em estação próxima a local onde sequestradores fazem passageiros de reféns no estado de Baluchistão, no Paquistão, em 12 de março de 2025.
REUTERS/Naseer Ahmed
Forças paquistanesas estavam em um impasse tenso nesta quarta-feira (12) com centenas de militantes que mantinham cerca de 250 pessoas como reféns em um trem sequestrado no sudoeste remoto do país no dia anterior, segundo autoridades. As forças de segurança evitaram um confronto direto, pois os militantes, vestindo coletes carregados de explosivos, haviam se entrincheirado dentro do trem com os reféns.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
O Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade pelo ataque na terça-feira, ocorrido dentro de um túnel no distrito de Bolan, na turbulenta província do Baluchistão. O porta-voz do grupo, Jeeyand Baloch, afirmou que os militantes estavam dispostos a libertar os passageiros caso as autoridades concordassem em soltar militantes presos.
O governo não se pronunciou até o momento, mas já rejeitou demandas semelhantes no passado.
Pelo menos 30 militantes foram mortos nos confrontos desde terça-feira. Até o final da quarta-feira, as forças de segurança haviam resgatado 190 dos 450 passageiros que estavam inicialmente no trem, de acordo com três autoridades de segurança de alto escalão.
Helicópteros estavam apoiando as forças paquistanesas na região montanhosa, disse o porta-voz Shahid Rind, descrevendo o ataque como “um ato de terrorismo”.
Foi a primeira vez que os separatistas do BLA sequestraram um trem, embora o grupo já tenha atacado ferrovias no passado. O BLA regularmente ataca forças de segurança paquistanesas e também já alvejou civis, incluindo cidadãos chineses que trabalham em projetos bilionários ligados ao Corredor Econômico China-Paquistão. Estima-se que o BLA tenha cerca de 3.000 combatentes.
O Paquistão abriga milhares de trabalhadores chineses como parte da Iniciativa do Cinturão e Rota da China, que financia grandes projetos de infraestrutura, incluindo portos e aeroportos no Baluchistão. A China condenou o ataque e a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, afirmou que Pequim “continuará a apoiar firmemente o Paquistão no avanço de seus esforços de combate ao terrorismo”.
Source link
Deixe um comentário