O técnico Maurício Barbieri, do Athletico, detonou a arbitragem do Campeonato Paranaense e o gramado do estádio Willie Davids após o empate por 1 a 1 contra o Maringá. Os clubes fizeram o jogo de ida da semifinal e decidem o finalista do Estadual na próxima quarta-feira (19), às 20h, na Ligga Arena, em Curitiba.
O treinador citou o erro de arbitragem no segundo tempo, em que o atacante Isaac finalizou ao gol e a bola bateu na mão do defensor do Maringá. O árbitro Luiz Alexandre Fernandes não foi chamado pelo VAR, comandado por Adriano Milczvski, para revisar o lance.
“Tivemos outro pênalti claríssimo. Não tem o que questionar e não tenho dúvida. Quem entender que não é pênalti precisa ir comentar outro esporte. A bola bate na mão, a bola vai em direção ao gol, todos os critérios que a FIFA rege para ser pênalti. Até onde eu sei, tinha VAR”, disparou.
Barbieri citou ainda uma penalidade na primeira fase no empate diante do Cascavel. Para o técnico rubro-negro, as duas vitórias garantiriam o Furacão na liderança geral do Estadual, que daria a vantagem de decidir o título em casa na eventual final do campeonato.
“Com a vitória de hoje e Cascavel, o cenário seria diferente. Infelizmente isso é algo que está sendo decidido fora do âmbito dos 22 jogadores que estão lá dentro. É um cenário que se a gente tiver que encarar, vamos encarar”, completou ele.
Para completar, Barbieri também avaliou o resultado como positivo diante do gramado do estádio Willie Davids. A grama do estádio foi devastada por paquinhas, inseto parente dos grilos e gafanhotos, e prejudicou o jogo.
“É um absurdo alguém levantar alguma questão de gramado sintético com o gramado nessa condição aqui. Primeiro a gente tem que conversar sobre uniformização dos estádios. Esse foi um dos piores campos que a gente pegou, junto com o estádio do Paraná [Clube]”, finalizou.
Presidente da Federação já rebateu críticas do técnico do Athletico
Em entrevista ao UmDois Esportes, no início de fevereiro, o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury Filho avaliou positivamente a arbitragem e os gramados do Campeonato Paranaense 2025.
“Na verdade, as críticas, no desabafo, vemos com certa normalidade. É comum os técnicos no futebol brasileiro fazerem esse tipo de declarações, apesar de concordarmos com poucos dos apontamentos”, declarou.
Sobre os gramados, Cury Filho atribuiu as condições ruins devido às chuvas, que vinham sendo recorrentes.
“Os gramados são bons, diferentes de algumas observações que tivemos. O motivo da seleção ter vindo a Curitiba no ano passado foi o gramado do Couto Pereira, considerado um dos melhores do país”, defendeu.
“Todos os gramados sofrem com isso. Poucos têm a sorte do Barbieri, com teto retrátil. Bom se todos fossem assim, mas não é a realidade do nosso futebol”, rebateu, com uma alfinetada.
Naquela semana, Barbieri tinha criticado o gramado da Vila Capanema e a organização da Federação. Na época, o Athletico tinha vencido o Andraus por 3 a 1, pela sétima rodada da primeira fase do Estadual.
“A Federação precisa tomar uma atitude, precisa ver o que ela pensa a respeito do campeonato. É aquela história: se você colocar uma Ferrari para andar na terra, ela vai competir com um Fusca e não vai fazer tanta diferença”, disparou.
“O campo foi o pior que nós jogamos. Não sei se repararam, o jogo começou com uma bola sem condições de jogo. A bola nem gomo tinha, sem marca nenhuma. Quem é responsável por isso?”, completou ele, na época.
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