O técnico Maurício Barbieri revelou que foi “cornetado” por um torcedor do Athletico antes do triunfo sobre o Azuriz por 3 a 0, que garantiu a equipe nas semifinais do Paranaense. Na arquibancada e próximo ao túnel que dá acesso ao vestiário, um rubro-negro protestou a escalação de Léo Pelé como lateral-esquerdo.
“Até engraçado porque, na hora que eu subi a escada, antes do início do jogo, um cidadão, pessoa de bem, gritou comigo que ‘zagueiro não é lateral’. Enfim, deu a opinião dele e tudo certo, ele tem direito. Mas aí lembrar que o Léo fez a jogada do primeiro gol. Na hora de sair, eu não vi ele falando mais nada, né? Então assim, coisas da vida de treinador”, falou.
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Aos 15 minutos do primeiro tempo, na primeira vez que Léo avançou com mais profundidade, ele deu o passe em profundidade para Kevin Velasco cruzar. Na tentativa de cortar, o zagueiro Lucas Adell mandou contra as próprias redes.
Vale lembrar que Léo Pelé foi revelado como lateral-esquerdo no Fluminense. Ele passou a atuar como zagueiro no São Paulo, por improvisação do técnico Fernando Diniz em 2020. Desde então, revezou-se nas duas funções e também chegou a atuar como volante.
Apesar dessa polivalência, essa foi a primeira vez que Léo foi usado como lateral no Athletico. “A gente faz as escolhas sempre buscando em acertar. Em alguns momentos vai e outros não, mas fico feliz que o Léo tenha feito um grande jogo. Ele foi muito bem”, completou Barbieri.
Com gripe, titular da lateral entrou no fim da vitória do Athletico
Apesar de expor a corneta do torcedor, Maurício Barbieri fez questão de explicar os motivos da mudança de posição de Léo.
O Athletico passou a semana esperando o efeito suspensivo que liberou os goleiros Mycael e Matheus Soares, o lateral Fernando, além dos meio campistas Felipinho e Bruno Zapelli. Todos foram condenados pelo Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) pela briga generalizada no clássico contra o Coritiba, em 25 de janeiro.
“A gente tinha a questão do efeito suspensivo e não sabia. Treinamos diferentes opções, o Léo foi uma delas e treinamos outras. Infelizmente, depois que saiu o efeito, o Fernando estava com um quadro gripal muito forte. A gente conversou e entendeu que ele não tinha condições de iniciar o jogo. Se iniciasse, não iria terminar. O [Léo] Dérik também nem treinou a semana toda, só fez uma parte”, explicou o treinador.
Apesar da gripe, Fernando entrou aos 35 minutos do segundo tempo após Léo Pelé pedir para sair, por cansaço. “Até briguei com ele”, brincou Barbieri sobre o momento.
Nesta temporada, Fernando tem sido o titular do Athletico na lateral. Ele soma 11 jogos como titular, já que o argentino Lucas Esquivel sofre com problemas físicos. Já Léo Dérik, revelado nas categorias de base, retornou de uma lesão ligamentar no tornozelo esquerdo nesta semana e vem retomando o ritmo de jogo.
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