A diretoria do Paraná Clube ainda não se manifestou após três semanas do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Paranaense. Os dirigentes estão sendo cobrados para dar um esclarecimento ao torcedor sobre o futuro.
Antes da última rodada do Estadual contra o Coritiba, em 15 de fevereiro, a assessoria de imprensa do Tricolor informou que a diretoria concederia uma entrevista na semana seguinte “para esclarecimentos e posicionamentos sobre o atual momento da instituição”.
Em contato com a reportagem, a assessoria informou que a entrevista “precisou ser adiada por motivos de agenda dos membros que participariam”. A expectativa é que a coletiva ainda aconteça nos próximos dias.
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O presidente Ailton Barboza de Souza e o então gerente de futebol Carlos Bonatelli falaram rapidamente no dia da derrota para o Coritiba. Desde então, a torcida do Paraná Clube vive a expectativa do posicionamento do mandatário paranista.
Na última entrevista, o presidente gerou revolta dos torcedores quando disse que não tinha tempo para acompanhar o dia a dia do Tricolor. “O fato que não somos do meio, temos outras atribuições e não podemos estar no dia a dia. O que acontecia a gente não tinha domínio para corrigir as rotas”, afirmou.

Esclarecimentos do Paraná Clube na reunião do Conselho
Na semana passada, houve uma reunião do Conselho Gestor com o Conselho Deliberativo. Os conselheiros do Paraná Clube puderam questionar a diretoria sobre os motivos que culminaram no rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Paranaense.
A principal preocupação é com o futuro do Tricolor e a possível venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“O caso do Paraná Clube já era de extrema complexidade. Agora, ficou pior, pois são mais dois anos para fazer as coisas andarem novamente. A situação atual do Paraná é a mais crítica entre todos os clubes do futebol brasileiro”, lamentou o economista Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria.
O Paraná Clube ainda tem que pagar cerca de R$ 20 milhões, em agosto, da primeira parcela do novo plano da Recuperação Judicial. No novo plano feito, o grupo de credores alega que o clube não conseguiria quitar esse valor sem a venda da SAF ou a alienação de alguns ativos, como a Sede da Kennedy, por exemplo.
Revolta da torcida organizada do Paraná Clube
“Os dias estão passando e até agora não temos absolutamente nenhum posicionamento, resposta, explicação, justificativa ou qualquer coisa que venha da “diretoria” do Paraná Clube. Sendo assim, não podemos deixar que o tempo se encarregue de fazer com que o acontecido seja esquecido e que esse esquecimento os faça ficar calados”, postou a Fúria Independente.
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