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Trump cita tarifas contra o Brasil em discurso no Congresso



O presidente dos EUA, Donald Trump, fez um balanço de seus primeiros meses no cargo em um longo discurso no Congresso americano, nesta terça-feira (4), ocasião na qual voltou a defender cortes de gastos federais e sua política tarifária.

Esse foi o primeiro discurso de seu segundo mandato perante ambas as câmaras do Congresso, que durou um tempo recorde de uma hora e 42 minutos. A sessão foi marcada por interrupções constantes de opositores do Partido Democrata.

Em certo momento do discurso, o mandatário republicano indicou que não pretende recuar na promessa de aplicar novas tarifas contra parceiros comerciais, incluindo o Brasil, que foi um dos países citados.

“Há países que usam tarifas contra nós há décadas e agora é a nossa vez de começar a usá-las contra eles. A União Europeia, China, Brasil e Índia, México e Canadá e diversas outras nações cobram tarifas tremendamente mais altas do que cobramos deles. É injusto”, disse Trump, que lembrou que em 2 de abril serão aplicadas “tarifas recíprocas” contra setores e países que taxam produtos americanos, entre os quais incluiu o Brasil.

O presidente fez elogios ao empresário Elon Musk, dizendo que ele está “indo muito bem” como líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), responsável pelo corte de gastos no governo, que levou ao desmantelamento da agência de ajuda externa dos EUA (Usaid) e às demissões em massa de funcionários.

“O povo americano nos deu um mandato para fazer mudanças ousadas e profundas que abrangem quase 100 anos”, destacou Trump.

Trump ameniza conflito com Zelensky

Outra parte do longo discurso foi dedicada a falar sobre a Guerra da Ucrânia. Segundo Trump, seu governo está “trabalhando incansavelmente para acabar com o conflito selvagem” no leste europeu. Na ocasião, o presidente americano renovou suas críticas a países europeus em sua postura sobre a invasão russa.

Trump pareceu enviar uma mensagem conciliatória à Ucrânia após receber uma carta de seu homólogo, Volodymyr Zelensky, na qual o ucraniano se ofereceu para assinar o acordo de minerais que foi frustrado quando os dois discutiram na semana passada diante das câmeras de televisão no Salão Oval.

“Agradeço que tenha enviado esta carta”, declarou Trump, revelando que Zelensky lhe disse que estava disposto a assinar o acordo de minerais e terras raras com os EUA “a qualquer momento”.

O republicano, que exige acesso aos recursos naturais da Ucrânia como parte das negociações para acabar com a guerra, também explicou que a Rússia lhe deu “fortes sinais de que está pronta para a paz”, mas não exigiu nenhuma concessão de Moscou.

Imigração

O presidente aproveitou a ocasião de discursar perante ambas as câmaras do Congresso para enfatizar uma de suas principais promessas de campanha relacionada ao combate à imigração irregular no país. Trump solicitou ao Legislativo fundos federais a fim de concluir “a maior operação de deportação da história dos EUA”.

Segundo o mandatário americano, o país está com o “menor número de travessia ilegais já registrados em sua história. Eles [imigrantes] ouviram minhas palavras e decidiram não vir para cá”, afirmou.

Trump também renovou sua mensagem do dia da posse, em 20 de janeiro, dizendo que a “era de ouro” dos EUA estava começando. Segundo ele, a “América está de volta”.



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