quinta-feira , 26 dezembro 2024
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Vice alfineta gestão Milei por prisão de gendarme na Venezuela



A vice-presidente da Argentina, Victoria Villarruel, que protagoniza uma disputa política com o presidente Javier Milei, alfinetou nesta quinta-feira (19) a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, ao comentar a recente prisão de um gendarme argentino na Venezuela.

“Eu jamais teria autorizado um gendarme a ir à Venezuela. O que está acontecendo é uma consequência tristemente óbvia, mas como não pertenço à área da segurança, não tenho uma opinião sobre as sanções e as medidas que devem ser tomadas”, disse Villarruel no X, em resposta a um usuário que a questionou sobre o assunto.

Na semana passada, a ditadura da Venezuela prendeu o gendarme argentino Nahuel Agustín Gallo, que o regime chavista acusou de ter ido ao país para “cumprir uma missão”. Milei chamou Nicolás Maduro de “ditador criminoso” e disse que o governo argentino está tomando medidas para libertar o gendarme.

A Gendarmeria Nacional Argentina é uma força policial vinculada ao Ministério da Segurança. O governo argentino diz que Gallo viajou à Venezuela para visitar a namorada.

Milei e Villarruel, que, como vice-presidente, também preside o Senado, vivem uma disputa política. No mês passado, o mandatário disse que a vice faz parte da chamada “casta política” do país e não tem influência nas decisões do governo.

Na semana passada, houve novo confronto: Milei criticou Villarruel por ter convocado e presidido uma sessão do Senado para votar a expulsão do senador ex-peronista Edgardo Kueider (que acabou destituído).

Milei alegou que sua vice não poderia presidir a sessão porque deveria exercer a presidência, já que ele estava em viagem à Itália, e que a sessão em que a cassação foi votada seria “inválida”.

Villarruel alegou que a convocação foi acordada com a Casa Rosada, mas Milei rebateu, dizendo que “qualquer pessoa que siga a sua própria agenda e não siga a linha do partido [Liberdade Avança] será expulsa”.

Kueider está preso desde o começo do mês no Paraguai, por ter entrado no país com uma grande quantia não declarada de dólares, pesos argentinos e guaranis (a moeda paraguaia).

Apesar de Milei ter dito que “se [Kueider] é corrupto, tem que ser cassado a patadas”, a imprensa argentina informou que seu grupo político resistia à cassação do senador, porque ele deve ser substituído na casa por um peronista da ala kirchnerista, aumentando a bancada da esquerda radical no Senado.

Kueider votou a favor de propostas de Milei, como a Lei de Bases, e este mês foi expulso do Partido Justicialista devido à sua prisão.



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